AGRO
Razena usa embalagens tão especiais quanto os cafés que produz
A família cultiva 100 hectares de várias espécies de café no cerrado mineiro, mas só 1%, do Catuaí 144 amarelo é embalado com a marca Razena.
EMPREENDIMENTO
O consumidor brasileiro está mais exigente. Hoje ele quer qualidade no vinho, no chocolate, na cerveja e também no café. Esse conceito é a base da aposta do empresário Michael Hideki Yamao Tamura, que anunciou a inauguração de duas Cafeterias Tamura em Maringá para atender a crescente demanda por cafés especiais.
A primeira loja, de 310 m², será inaugurada no próximo dia 30, na Zona 4. A outra, na Avenida JK, está prevista para novembro. Juntas elas representam um investimento de R$ 1 milhão, com previsão de faturamento de R$ 200 mil por mês em cada loja. Ambas devem gerar mais de 30 empregos diretos e indiretos.
As lojas maringaenses adotam o modelo econômico Farm-to-table: “Cuidamos desde a plantação do café até a entrega na mesa do consumidor”, disse o empresário.
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A família Tamura mantém uma indústria de café no Cerrado Mineiro, onde é feito o processo de torrefação. Agora, além das cafeterias, Tamura também quer trazer a torrefação para Maringá. A ideia é criar uma “fábrica bar” a exemplo das cervejarias artesanais.
Entende-se como café especial aquele que se tem todo o controle de qualidade. É diferente do comercial, o mais consumido pelos brasileiros. De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), desde 2014, é permitido 60 fragmentos de inseto para cada 25 gramas de café torrado e moído, por exemplo. “O café especial é aquele avaliado com as melhores notas, acima de 80 pontos, em relação ao sabor e ao aroma”, explicou Tamura.
A primeira cafeteria Tamura, a ser inaugurada neste mês, está localizada à Rua Rodrigo Silva, 140, Zona 4. Terá a capacidade para até 80 pessoas e, junto, terá um espaço para venda de camisetas, canecas, utensílios e objetos com alusões ao café.
Tamura quer instalar uma mini torrefação para processar até dois quilos de café. O cliente poderá escolher e selecionar o grão verde e a torrefação será feita na hora. É uma forma de trazer a experiência do processo junto ao consumidor e valorizar a bebida.
O Grupo Tamura foi criado em 2008 e faz a produção, a venda e a exportação de café. E, agora, inicia a comercialização interna. Além das lojas próprias, tem como clientes cafeterias do Paraná, Rio Grande do Sul , São Paulo e Santa Catarina.
Mas a tradição cafeeira está na família há três gerações. O bisavô, imigrante do Japão, participou de toda a história do café no Paraná, inclusive da famosa geada negra, em 1975, que praticamente dizimou a produção no Estado.
“Minha família já tomava café especial antes dele ser conhecido pelos brasileiros”
Como a familia Tamura comprava e vendia grãos, não foi tão afetada pela geada. Depois de vender o que havia no estoque, resolveu investir em café no Cerrado Mineiro. Essa produção de café 100% arábico é mantida até hoje. São 500 mil pés, que correspondem a produção de 4 mil sacas de 60 quilos por ano.
“Minha família já tomava café especial antes dele ser conhecido pelos brasileiros”, revelou Tamura. “O melhor grão sempre foi exportado e o brasileiro se acostumou a tomar café comercial, aquele em que é permitido misturas no café comercial, só para baratear”.
O empresário também preside o Núcleo de Cafés Especiais do Programa Empreender, da Associação Comercial e Industrial de Maringá (Acim), criado recentemente, em 2022. O objetivo é reunir as 20 empresas do setor para defender e difundir o café de qualidade para os consumidores. O Núcleo é constituído por cafeterias, produtores e marcas.
Leia também: Saiba quem comprou e quanto pagou por terreno no Parque Industrial
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