Setor audiovisual cresce em Maringá e movimenta milhões

Cerca de R$ 2,5 milhões estão sendo investidos no setor de audiovisual maringaense, entre produções finalizadas, em andamento, em pré-produção e na fase de captação de recursos. O cálculo é baseado nos repasses das leis de incentivo à cultura como também em projetos particulares e institucionais. 

Além do município, os produtores contam com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) e do Audiovisual. Soma-se a isso projeto com patrocínios diretos de empresas e vídeos institucionais. Cada produção gira em torno de R$ 200 mil, mas pode chegar a R$ 500 mil. A estimativa é que Maringá tenha, nesse momento, sete produções de audiovisual em andamento, sem contar vídeos filmes publicitários.

A produtora Thayse Fernandes – da Blaché Filmes –  é a titular da cadeira de Audiovisual do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Maringá. Já esteve envolvida em seis produções cinematográficas só neste ano – uma delas pela HBO, na série Rose.DOC. À exceção da produção para famoso canal de streaming, todos os outros trabalhos de Thayse foram produzidos ppor meio das leis de incentivo à cultura.

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Economia circulante além do setor

A produtora também comemora o bom número de editais nacionais. No começo do ano foi lançado o edital Ruth de Souza, que contempla filmes dirigidos por mulheres, no valor de até R$ 2 milhões por trabalho. Fora isso, há também editais do Ministério da Cultura para editores estreantes em curtas-metragens (R$ 140 mil por curta), além de outros editais via Fundo Setorial do Audiovisual – FSAFSA. 

O setor do audiovisual cria um importante ecossistema econômico em Maringá e região. Os valores destinados para as produções, mesmo de editais nacionais, acabam investidos na economia local. As planilhas orçamentárias devem prever gastos com transportes, hospedagens, alimentação e diversas contratações de terceiros, passando por engenheiros, carpinteiros, maquiadores e um universo multidisciplinar já existentes em polos cinematográficos consolidados.

Thayse explica : “Uma produção cinematográfica envolve diretamente uma média de 30 pessoas, exceto documentário. Esse dinheiro não fica apenas na produção. Esses profissionais precisam se alimentar, precisam de transporte e quando vêm de fora envolve também a rede hoteleira, sem falar nos projetos que precisam de adereços junto ao comércio e profissionais de apoio, como costureiras”.

Web séries de Miguel Fernando

Miguel Fernando, ex-secretário de Cultura do município e gestor do bem sucedido projeto Maringá Histórica, tem se dedicado às web séries empresariais.  Uma delas foi para o Maringá Park Shopping e recentemente para os 70 anos da Zacarias Chevrolet.  Dentro do escopo pessoal, dirigiu documentários sobre o Padre Emilio Scherer e outro que abordou o futebol de Maringá. Também prepara uma grande produção sobre o centenário da Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná, com gravações na Europa e Japão.

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