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“Podemos ter um colapso a ponto de acabar com a citricultura na região de Paranavaí”. As aspas vão para o coordenador estadual de fruticultura do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), Eduardo Augustinho dos Santos. O problema maior ocorre com a produção de laranjas diante das pragas não controladas.
“A questão não é só econômica, mas social. Milhares de famílias dependem da indústria da citricultura no Paraná. Se nada for feito, não teremos o futuro que seria tão promissor”, acrescentou.
Segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Paranavaí (a 75 km de Maringá) tem dez empresas fabricantes de suco integral de laranja na região, que empregam diretamente 7 mil pessoas. A líder no segmento é a Prats, do grupo Pratinha, com 7 mil hectares. A produção de laranjas representa 30% do PIB do Município. O Noroeste do Paraná é a principal região produtora do Estado, com 70% dos pomares.
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Dados do Departamento de Economia Rural (Deral) mostram que Paranavaí produziu 115,5 mil toneladas de laranja em 3,6 mil hectares em 2021, que resultaram em um Valor Bruto da Produção de R$ 104,9 milhões. Em 2022, a produção subiu: foram colhidas 126 mil toneladas.
Mas a produção total da citricultura paranaense tem caído. Em 2013, a produção anual ultrapassou 994 mil toneladas. A projeção para 2023 é colher 692 mil. O Paraná que tinha 30 mil hectares de laranja em 2010, hoje tem 21 mil.
A queda é atribuída às mudanças climáticas, mas a maior ameaça é a praga do greening, também conhecido como Huanglongbing (HLB), que ataca as plantas cítricas. Estudos recentes mostram que 70% dos insetos vetores, psilídeo, estavam infectados com a bactéria.
A praga já atingiu mais de 150 municípios do Paraná, inclusive a região de Paranavaí. Em São Paulo e Minas Gerais, mais de 55 milhões de plantas cítricas foram eliminadas em 288 municípios produtoras. Além da plantação de laranjas, o Paraná conta com 6,5 mil hectares de tangerina e 1,5 mil de limões.
O alerta é compartilhado pelo especialista Rui Pereira Leite, também do IDR, feito durante o Simpósio de Citricultura, ocorrido recentemente em Paranavaí. Ele citou o estado da Flórida (EUA) – um dos maiores produtores de laranja do mundo -, que está perdendo a batalha para a praga. Naquele território norte-americano, a produção de laranjas reduziu de 250 milhões para menos de 16 milhões de caixas de 40,8 quilos.
O greening foi identificado no Brasil em 2004, no Estado de São Paulo. Três anos depois já estava no Paraná. É uma bactéria que ataca o citrus e é disseminada por um inseto (psilídeo). A planta contaminada fica com uma coloração esverdeada bem mais clara, e as folhas tem características que demonstram deficiências nutricionais. As sementes se mostram deformadas e o fruto fica diferenciado, bem menor. É uma preocupação mundial pois não existe resistência genética e tratamentos curativos.
Como é uma praga capaz de causar grande estrago econômico devido à elevada queda na produção, existe uma legislação que regulamenta o manejo. “Primeiro é para prevenir a entrada do greening numa região. Porém, em casos como o de Paranavaí, temos que evitar que ela se dissemine”, alertou o engenheiro agrônomo Paulo Marques, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
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Dados do Deral) indica que preço médio nas Ceasas/PR em 2023 para a Laranja Pera Graúda está em R$ 2,23/kg. Em 2022, o preço médio anual foi 2,01/kg.
O preço médio no varejo chegou a uma média parcial em 2023 de R$3,10. Em 2022 foi R$2,77. Nos anos de 2021 foi R$2,67 e 2020 de R$2,31. Em 2023, o preço médio está 11% acima de 2022.
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