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Maringá Histórica torna-se um case de sucesso

POR Marcelo Bulgarelli EM 07 DE setembro DE 2023

Até 2026, a meta é estar presente em 33 cidades do Paraná e em oito Estados do Brasil. Projeção de faturamento para 2024 é de R$ 2 milhões

O site Maringá Histórica tornou-se referência para aqueles que buscam alguma informação sobre o passado da cidade. No ar desde 2007 – quando era apenas um blog –  o portal hoje mantém 90 mil pessoas conectadas com postagens diárias.  O crescimento gerou até uma nova empresa, a Cidades Históricas, que no Paraná já atua em Londrina, Curitiba e, em breve, Ponta Grossa e Cascavel.

Esse modelo de negócio, uma plataforma que funciona como museu virtual e conteúdo distribuído para as redes sociais, deve abranger 33 cidades paranaenses de oito estados brasileiros até 2026. Quando alcançar essa meta, o faturamento bruto da empresa deve chegar a R$ 4,5 milhões. A projeção é do criador do Maringá Histórica, Miguel Fernando Perez Silva, que completou 38 anos. No ano que vem, o faturamento deve bater R$ 2 milhões e chegar nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

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O interesse pela história surgiu ainda no Ensino Médio, quando Miguel e dois colegas fizeram um trabalho sobre o Hotel Bandeirantes, situado no centro de Maringá e que ainda estava em funcionamento. Ao estudar Turismo e Hotelaria, ele percebeu que havia uma transversalidade entre a história e a área turística e logo começou a pesquisar sobre o assunto.

Miguel Fernando, idealizador e fundador do Maringá Histórica

De imediato, Miguel Fernando percebeu que a internet, naquela época, “era puro mato”.  Não havia conteúdo sobre a história de Maringá e as poucas fotos eram de baixa resolução.  Assim, tomou a iniciativa de criar o “Maringá Histórica”, que evoluiu até chegar ao formato de portal. 

O historiador é formado em Turismo e Hotelaria, com especialização em História e Sociedade do Brasil, Gestão de Políticas Públicas na Cultura e agora faz mestrado em História e Política.

A primeira postagem que acabou “viralizando” foi sobre “As sete maravilhas de Maringá”. O tema ganhou grande repercussão e virou matéria para uma emissora de TV.  “A história das cidades é um dos temas com menor taxa de rejeição. Todos gostam de história”, afirma Miguel Fernando.  

Em 2009, o portal ganhou um canal no YouTube. É um dos mais antigos canais maringaenses que estão até hoje em atividade. Ali está um verdadeiro “garimpo” de vídeos raros  sobre a região. Miguel Fernando disse que 85% da sua renda é gerada pelo Maringá Histórica e Cidades Históricas.

A visibilidade proporcionada pelos meios de comunicação digital fez com que ele, para atender a demanda, passasse a realizar projetos paralelos junto a empresas, “sem deixar de priorizar o viés histórico”, frisa. O site Maringá Histórica também passou a possibilitar esse contato.

Registro aéreo de Maringá, 1973. Fonte: Museu Bacia do Paraná (UEM) / Acervo Maringá Histórica.

Entre esses subprodutos, está em produção um livro sobre os 90 anos da Associação Comercial de Londrina e outro sobre o centenário do Sindicato das Seguradoras do Estado do Paraná.  E até uma web série feita para os 70 anos da Zacarias Chevrolet.  E ele ainda consegue tempo para realizar projetos de de seu interesse pessoal, como os documentários sobre o Padre Emilio Scherer e, o mais recente, sobre o futebol de Maringá.

Dentro desses projetos especiais, em 2024 deve começar a produção de um grande documentário sobre o centenário da Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná. Estão previstas viagens para a Escócia e Inglaterra. “O objetivo é contar a história desde a coroa britânica até chegar nos paulistas”,  explica.

Na sequência, está programada uma viagem ao Japão para contar as sagas dos japoneses na produção cafeeira no norte do Paraná e no sudoeste do Estado de São Paulo.

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