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COMPRA E VENDA
Farmácias e botecos a gente encontra em qualquer esquina Brasil afora, mas empresas voltadas à captação e venda de negócios são raras. Em Maringá, especializada no nicho com ticket médio de R$ 500 mil e relevância no mercado, tem uma só, a Internegócios Ltda. Foi criada em meados de 2015 pelo advogado pós-graduado Kaue Myasava, que nos últimos cinco anos intermediou transações que passam de R$ 60 milhões.
O volume de transações foi estimado por fontes próximas da Internegócios, que atualmente tem uma carteira de ofertas com mais de 500 empresas. Os preços dos negócios à busca de um novo dono variam, na sua imensa maioria, de R$ 300 mil a R$ 2,5 milhões. Um deles, no entanto, é uma fábrica, que Kaue não pode revelar sequer o que ela produz, avaliada em R$ 10,5 milhões. Sua empresa não intermedia negócios abaixo de R$ 100 mil e a comissão é de 10% sobre o realizado.
Após concluir o curso de Direito, em 2005, Kaue Myasava montou um escritório de advocacia, especializado em Direito Empresarial, Comercial e Trabalhista. “Atuava tanto no contencioso, quanto no preventivo. Tive como clientes grandes empresas e indústrias, como a JBS e a Granja Geal, e atendi por seis ou sete anos, a Negócios & Comércio Ltda, em Curitiba, que intermediava negócios”, recordou.
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Contou que decidiu deixar a advocacia, pois desde o início havia se identificado com as atividades exercidas pela Negócios & Comércio. Mudou para Maringá e buscou se qualificar ainda mais para ter uma boa assertividade no mercado local. “No início, para ter uma história e o que mostrar”, a principal preocupação foi captar negócios, o que conseguiu amealhando junto a parentes, amigos e muita conversa. Hoje as ofertas vêm naturalmente e o foco é comprador”. De tal modo que a cerca de um ano, para dar conta da demanda, abriu sociedade com Rodrigo Zalet, “que manda muito bem”.
Kaue também vai logo ensinando: “Engana-se, e muito, quem acha que todo negócio à venda não é bom”. Acrescenta o empresário que em média tem intermediado o fechamento de cinco transações comerciais por mês: “Se o negócio é bom ou não, depende de um amplo contexto, que passa pelo interesse de quem compra, gestão, conhecimento, experiência e mercado”.
Acrescentou que “intermediar a venda de um negócio não é como vender um imóvel, quando se fala da localização, insolação da manhã, garagem suplementar… É preciso ter uma linha de reflexão mais ampla e conhecimentos com referências financeiras, gerenciais, tributárias e jurídicas. O mínimo é saber interpretar um DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), para entender o negócio e identificar o que é melhor para os clientes”.
– Mas, afinal, qual o critério para saber se é ou não um bom negócio?
Kaue respondeu:
– Pelos estudos realizados pela Internegócios, que no seu quadro enxuto e qualificado conta com pessoal formado em Administração de Empresas, Contabilidade e Economia, os critérios mais simples e usuais para o ‘valuation’ são, em resumo, o de investimento versus retorno e as curvas de projeções, tanto qualitativas como quantitativas, que vão desde projeção de receita e fluxo de caixa, expectativa de mercado e equipe de comando.
– Por esses critérios, o que seria uma boa franquia?
– O retorno do investimento entre 36 e 48 meses, que não se confunde com o imobilizado em instalações e adequações, é uma boa franquia. Mas isso também conta com x variáveis.
Kaue observou que uma boa parte dos negócios captados não pode ser divulgada, como os das grandes franquias e Casas Lotéricas. Outra parte não tem a publicidade autorizada pelo proprietário. Disse que a Internegócios já intermediou a venda de cinco lotéricas, com retorno médio de 80 meses, “mas é um bom negócio, pela solidez do mercado e pela gestão engessada, que minimiza a possibilidade de erros”.
Questionado sobre quais as áreas de negócios que estão em alta atualmente, Kauê foi sintético:
– As áreas voltadas para o desenvolvimento e/ou incorporação de novas tecnologias da informação.
O empresário revelou que já se deparou em situações que os interessados na compra “não levavam jeito nem tinham preparo para tocar o negócio”. Quando essa situação “salta aos olhos, a gente pergunta várias vezes se eles têm certeza do negócio. Mais de uma vez aconteceu de o cliente comprar e meses depois nos procurar para efetuar a venda. Isso demonstra confiança, pois ele entendeu que não foi enganado. Mesmo porque quando percebemos que o negócio é um engodo e querem nos tornar cúmplices, rejeitamos na hora”.
Uma parte da Internegócios é voltada à venda de imóveis. “Nessa área eu conto com um profissional de extrema confiança e competência, que é meu braço direito e não seria justo deixar de citar o Antonio Berttinardi”, observou Kaue.
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