Empreendimento na Zona 8 terá duas torres com 38 pavimentos e 136 m de altura

Basta olhar através das grandes vidraças espelhadas da Redação do Portfolio (8º andar do Madison – Centro Empresarial), contra as quais territorialistas carcarás brigam contra a própria imagem, para concluir que a Zona 8 é, sim, depois de maturada pelos condomínios horizontais, a nova fronteira imobiliária da verticalização maringaense.

Segue à sequência do já saturado Novo Centro, com auge nas duas últimas décadas.

O visual é de edifícios residenciais e comerciais recém inaugurados – como o Madison – ou em construção, em três das quatro linhas dos horizontes. Um dia, quando o Eurogarden sair do papel, serão nas quatro. O fato, em foco, é que mais duas torres com 136 metros de altura, 38 pavimentos e mais dois subsolos cada, deverão ter suas obras iniciadas em abril de 2024 e concluídas em maio de 2029. O prédio mais alto de Maringá é o Royal Garden, que tem 140 metros.

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A previsão é que as obras vão gerar de 20 a 170 empregos nas suas diversas fases construtivas. As informações estão no Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV) do empreendimento 54 Square Park, que foi aprovado no dia 9 de outubro pela Secretaria Municipal de Habitação e Urbanimo de Maringá. Depois de bater na trave pelo menos uma vez, quando elaborado por outra empresa de consultoria ambiental.

Será o primeiro empreendimento da Spotco Construtora & Incorporadora na cidade – a sede fica em Balneário Camboriú (SC). O RIV aprovado foi feito pela Master Ambiental, de Londrina, e as torres, na Avenida Guedner, onde predominam os edifícios residenciais da A. Yoshi (também de Londrina), terão 87 mil m² de área construída destinada à habitação e mais de 13 mil m² para o esporte e o lazer.

Entre as quais estão salões de festas, grandes e pequenos, salas de jogos, três quadras esportivas, pista de skate, playground, piscinas, brinquedoteca e… terra. Uia… terra! No total, as duas torres terão 240 unidades habitacionais, que deverão, conforme o RIV, ser habitadas por 720 moradores.

É, se fosse coisa miúda, não careceria de RIV.

Vamos aos preços – abre e fecha fecha aspas, supostos. Conforme os empreendedores informaram aos elaboradores do RIV, eles vão de R$ 2,47 milhões a R$ 3,22 milhões. Esses, mais valiosos, são restritivos. Não só pelo preço, mas também pela oferta: são apenas quatro, dois duplex por cobertura de torre, com quatro vagas de garagem cada.

Os apartamentos, conforme o RIV, terão oito plantas diferentes. A menor com 177 m², três suítes e duas vagas na gargem. A maior, dos duplex, óbvio, prevê 257 m², quatro suítes e quatro vagas. Todas as plantas apresentadas no Relatório têm cozinha centralizada – pro cozinheiro(a) do dia não ficar de costas aos comensais – e integrada à varanda. Com churrasqueira, é ululante.

Cada torre terá seis elevadores. Nos subsolos, com entrada e saída de veículos pela Avenida Guedner e pela Rua José Moreno Júnior, terão 762 vagas de carros para os moradores, 97 para motos e 56 lugares para bikes. Tem outras tantas para visitantes e prestadores de serviços.

O empreendimento tem mais isso e aquilo, mas para o conteúdo não ficar enfadonho e com cara de comercial, é dever informar que a filial da Sptoco Construtora e Incorporadora Ltda em Maringá está ativa há apenas um ano – desde 28 de setembro de 2022. O seu CNPJ é 18.194.679/0002-43 e tem como sócios Aristides Bertuol Filho, Piero Chierico e Sidnei Nascimento. As informações são do Econodata.

Ah! Como medida compensatória a construtora terá que plantar 480 mudas de árvores, parte delas será de jacarandá.

O Portfolio entrou em contato com a matriz da construtora em Balneário Camboriú por telefone e enviou uma série de perguntas por e-mail, mas não obteve retorno.