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Quatro anos depois de ter a Recuperação Judicial aprovada pelo Juízo da 4ª Vara Cível de Maringá, o Grupo Santa Terezinha, um dos mais relevantes players do mercado brasileiro em açúcar e etanol, em junho deste ano ajuizou um pedido de encerramento do processo. A informação consta no relatório de julho, o último publicado pela recuperadora de origem britânica, a Deloitte Brasil, no dia 7 de agosto.
No entanto, três semanas depois, a Santa Terezinha e os credores Banco Rabobank International Brasil S.A. e Coöperatieve Rabobank U.A. apresentaram uma petição conjunta requerendo a “suspensão, pelo prazo de 30 dias, da apreciação dos pedidos formulados”. O Juízo deferiu o prazo suplementar de 15 dias para que o Grupo e os bancos se manifestem a respeito das negociações, que envolvem a substituição da taxa Libor e o encerramento da recuperação judicial.
Quando solicitou a RP, em 22 de março de 2019, o grupo da família Meneguetti tinha uma dívida acumulada acima da média do setor, que era de R$ 160,00 por tonelada de cana processada. A dívida da Santa Terezinha era de R$ 286,00 por t/c e somava cerca de R$ 3,6 bilhões, distribuída em cerca de 30 instituições financeiras. Os três maiores credores eram Rabobank (14%), Bradesco (9%) e Standard Chartered (8%). O Grupo também possuía um endividamento de R$ 915 milhões não sujeitos à RJ.
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Um dos principais fatores do endividamento da Santa Terezinha, que conta com dez usinas, todas no Paraná, foi o não pagamento dos empréstimos, que impactou fortemente nos custos das dívidas. A isso, somou-se à maior volatilidade dos preços do etanol em função das políticas do então novo governo brasileiro, que deixou de controlar os preços da gasolina, e à redução global do consumo de açúcar e a alta oferta por outros países produtores. O Brasil ainda é o maior produtor de açúcar do mundo.
No relatório de julho de 2023, de número 50, a recuperadora aponta uma série de conquistas obtidas a partir da execução do Programa de RP, que embasa o pedido recentemente ajuizado junto à 4ª Vara Cível de Maringá. Observa, por exemplo, que no acumulado dos três primeiros meses da safra 2023/24, o Grupo reportou faturamento bruto de R$ 729,1 milhões. O relatório acrescenta que “na visão consolidada, a receita bruta das recuperandas aumentou 36% no comparativo em análise”.
O faturamento com a venda de etanol no mercado interno retraiu 3,6% ante o mesmo período do ciclo anterior, em virtude da redução de 25,1% dos preços médios praticados. Já o faturamento com as vendas de açúcar aumentou 62,1% no mesmo comparativo, em razão da alta de 42,3% no preço de comercialização do adoçante e do volume de vendas, em 13,9%.
Em junho passado, o Grupo desligou dois colaboradores e contratou 179, passando a contar com 8.475 funcionários. Em março de 2019, eram 12,2 mil colaboradores, concentrados principalmente nas usinas de Tapejara, Paranacity e Ivaté – as três maiores da companhia.
A redução de 3,7 mil trabalhadores se deve à remodelação das estruturas de pessoal e operacional, incluindo a mecanização das lavouras. Com isso, segundo o relatório da recuperadora, “a margem líquida avançou em 71,8 pontos percentuais comparada com o mesmo período da safra 2022/23”.
As análises de resultados apresentados pela Deloitte, que levaram ao ajuizamento do pedido de encerramento da RP, mostram que no comparativo entre o acumulado dos três primeiros meses das safras 2022/23 e 2023/24, o Grupo Santa Terezinha obteve crescimento do volume de vendas de etanol e açúcar. O adoçante também teve o preço valorizado e impulsionou a lucratividade dos produtos comercializados. Além disso, os impactos da variação cambial ajudaram.
As usinas do Grupo Santa Terezinha continuam sendo em:
Confira aqui o Relatório de setembro da Deloitte, que relata: “No acumulado dos quatro primeiros meses a safra 2023/24, a Companhia reportou lucro líquido de R$184,8 milhões”.
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