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Razena usa embalagens tão especiais quanto os cafés que produz
Há quem desconfie do resultado das buscas via Google Chrome quando a pergunta é ‘qual a bebida mais consumida no mundo?’ e, de cada dez, em oito respostas a palavra ‘café’ encabeçe a lista. Mas não há dúvidas quanto à excelência de qualidade do café maringaense Razena, certificado como especial pela Savassi Certificação & Agronegócio, de Patrocínio (MG), que só vai para o mercado com, no mínimo, 80 pontos.
Já à primeira vista, a embalagem box pouch com válvula impressiona. O zíper embutido serve para lacrar o pacote depois de aberto e impedir a entrada de oxigênio, que faz o café perder aroma e sabor. A válvula tem a função de liberar o gás carbônico produzido naturalmente pelo café, que em contato direto também causa perda de qualidade.
Só que o importante mesmo são os grãos torrados, uniformes e cheirosos dentro da embalagem. Segundo o sócio fundador da empresa Razena Cafés Especiais Ltda, Gabriel Belini, cada embalagem de 1 quilo custa R$ 4,0, que se somam ao rótulo, colado manualmente e que sai por R$ 1,50 cada. Em síntese, só a embalagem custa R$ 5,50.
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Razena vem de fazendas em Minas Gerais
O café da Razena vem de propriedades da família no cerrado mineiro, onde um cafezal plantado há 23 anos ocupa 100 hectares da região chamada Serra do Salitre. Da produção toda, apenas 1% é destinado à venda no varejo. O restante da produção é comercializado no atacado pela cooperativa de cafeicultores da região.
As Fazendas Cambira e Olho D´Água têm inúmeras variedades de café, mas os que carregam a marca Razena são 100% Catuaí 144 de fruta amarela, cultivado a 1.000 metros de altitude e de espécie arábica, com zero de mistura. A primeira diferença entre o Coffea arabica e o Coffea canephora (conilon) é que o primeiro é natural da Arábia e Etiópia e o segundo da África Ocidental.
“Logo também vamos passar a usar o Arara”, acrescenta Gabriel. Segundo ele, à exceção da colheita e da classificação, que são mecanizadas, o restante do processo – da secagem ao embalo – é todo feito à mão, literalmente. Não se usa nenhuma ferramenta. A torrefação é terceirizada e feita por profissionais especializados.
Todo café especial é gourmet e nem todo gourmet é especial.
Mas qual a diferença entre um café especial e um café gourmet? Gabriel explica que os critérios de classificação de um e de outro são de instituições diferentes. A classificação gourmet segue as pontuações da Associação Brasileira da Indústria do Café e a especial da norte-americana Specialt Coffee Association (SCA).
Gabriel brinca, puxando a brasa para o seu bule:
– Costumam dizer que todo café especial é gourmet e que nem todo gourmet é especial.
O nome Razena também chama a atenção, à medida que não é o sobrenome da família de Gabriel, tampouco uma palavra comum. Ele explica:
– Quando a gente montou a empresa, em abril de 2018, decidimos homenagear nossos antepassados, que vieram da Itália para trabalhar com café no Brasil, mas acabamos homenageando todos os italianos, que foram extremamente importantes na cultura cafeeira nacional.
Ravena, em italiano Ravenna, foi a terceira capital do Império Romano, de 402 a 476, onde em 1321 morreu Dante Alighieri. Mas essa história é outra e por aqui acabou virando Razena Cafés Especiais, que é vendido em grãos em embalagens de 1kg (R$ 105,00), 500g (R$ 67,00) e 250g (R$ 37,50). O público alvo são empresas com poucos colaboradores. Para clientes recorrentes com CNPJ, os preços são menores.
A Razena também vende café moído, em cápsulas e em sachê com filtro embutido, que rende 120ml de café. Um dos braços da empresa é o de eventos, especialmente festas de casamento, quando serve drinks à base de café.
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