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Rosey, que foi dona de O Diário, morre 48h após retornar para Maringá

POR Téle Menechino EM 18 DE setembro DE 2023

Em menos de 48 horas, a felicidade de ter a matriarca Rosey Rachel Vieira da Silva de volta à cidade, se transformou em profunda dor e tristeza à família, que a viu partir enquanto dormia na sua segunda noite em Maringá. Ela tinha 76 anos e desde 1999 morava em Arraial D’Ajuda, um distrito à beira mar de Porto Seguro, na Bahia.

Mesmo com a saúde já fragilizada, Rosey só concordou em retornar a Maringá depois de muita insistência dos filhos. A empresária foi proprietária de 50% do jornal O Diário do Norte do Paraná e, nos anos de 1990, junto com uma amiga, Gláucia Oliveira, montou o salão de beleza Spazio Belleza, que tornou-se referência para a alta sociedade maringaense.

Ela desembarcou em Maringá na noite de quinta-feira (15) e, no almoço de família programado para sábado (16), iria conhecer a netinha recém-nascida, Bella. Mas não foi possível, pois Rosey não chegou a amanhecer. Tinha mais quatro netos: Gustavo, Luanna, Joaquim e Ben.

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Rosey, que foi casada com o também falecido Franklin Vieira da Silva, deixou três filhos: Lucienne, Michael e Franklin Júnior. Durante muitos anos, ela redigiu a coluna Diário do Frank, que projetou socialmente o então marido e possibilitou aos dois comprar as cotas do jornal que não lhes pertenciam.

Durante muitos anos, nas décadas de 1980 e 90, Rosey foi Diretora Administrativa de O Diário. Era natural de uma pequena cidade do interior paulista, Altair, com menos de 5 mil habitantes, e veio com a família morar em Maringá ainda adolescente. Por aqui, embora estivesse residindo no sul da Bahia, manteve muitas amizades.

Rosey Rachel Vieira da Silva foi proprietário do O Diário do Norte do Paraná

Amigas de Rosey

Valkiria Moraes Tasim é uma delas, para muita gente considerada “a melhor amiga”. Valkiria lembrou que “Rosey era uma pessoa dinâmica, amorosa e muito temente a Deus. Lia a Biblia todas as manhãs e sempre ajudou os mais necessitados, tanto em Maringá quando em Arraial A’Ajuda. Nossa amizade era de muita cumplicidade e sem cobranças, como uma amizade eterna deve ser”.

Ana Valias também se manifestou sobre a amiga. “Convivi com a Rosey o suficiente para conhecer seu coração solidário, sensível e amoroso. Através de minha mãe, voluntária atuante no Roupeiro Santa Rita de Cássia, admirava o seu gesto de, todos os anos, oferecer rosas no dia dedicado a santa (23 de maio). Gesto anônimo, de gratuidade e gratidão. Sempre fica um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas. Descanse em paz”.

A família e poucas amigas, como queria Rosey, fizeram uma cerimônia de despedida no domingo à tarde e seu corpo será cremado em três dias. “Minha mãe sempre dizia que queria ser cremada, com pouca gente na sua despedida e todos vestidos com roupas coloridas. Nada e ninguém de preto”, lembrou Michael Viera da Silva, seu filho caçula.

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