A banalização do coach tem criado dificuldades na contratação desse especialista pelas empresas. Porém, o profissional é valorizado pelo RH

Recursos Humanos

Mesmo banalizado, o coaching ainda é valorizado pelas empresas

POR Marcelo Bulgarelli EM 25 DE outubro DE 2023

Numa rápida conferida na rede social Linkedin é possível constatar que somente em Maringá existem pelo menos 60 profissionais de várias formações que se intitulam coach.

É fato que a banalização do coaching prejudica os bons profissionais e dificulta as áreas de Recursos Humanos das empresas na hora de contratar um profissional de seriedade, respeito e formação reconhecida.

Sueli Andrade, psicóloga clínica especialista em gestão organizacional, tem suas restrições em relação ao coaching. “Há muitos cursos breves na internet e em algumas horas a pessoa acaba se achando coach. O mesmo está acontecendo com a profissão de terapeuta”, lamenta.  

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“As pessoas acreditam que por terem alguma formação e ser uma atividade que parece fácil, se aventuram a fazer o coaching”, analisa Sirlei Venâncio, profissional com larga experiencia em Gestão de Pessoas em empresas como Votorantin, Viapar e Alto Giro.

Sirlei esclarece que o coach é uma profissão que trabalha individualmente com a pessoa e o resultado leva um tempo para ser percebido. Portanto, há muitos aventureiros nessa área.

Por outro lado, também é difícil identificar as reais qualificações desses profissionais. Segundo a especialista, cabe a área de Gestão de Pessoas, que já acompanha os processos para o desenvolvimento profissional e pessoal do colaborador, perceber com mais facilidade os coachs qualificados.

Ajuda na ascensão na carreira, qualidade na vida pessoal ou até conseguir conciliar de maneira harmoniosa todas as áreas da sua vida

O coaching serve para direcionar as ações para que o profissional tenha capacidade de desenvolver as habilidades e competências comportamentais e técnicas de acordo com os objetivos da empresa. “Isso ajuda na ascensão na carreira, qualidade na vida pessoal ou até conseguir conciliar de maneira harmoniosa todas as áreas da sua vida”, explica Sirlei.

A gestora elenca uma série de possibilidades, como o desenvolvimento comportamental e inteligência emocional; melhoria nos relacionamentos interpessoais no ambiente profissional, familiar e na sociedade.

Também colabora no desenvolvimento de liderança, gestão de pessoas e conflitos. “Junto a isso, acompanha o aumento da autoestima, maior motivação e resiliência, além de definir metas e objetivos com clareza e agilidade”.

As ferramentas mais utilizadas pelo coach são a Grafologia e o DISC, que faz um mapeamento dos colaboradores às situações e aos desafios.

É importante solicitar o histórico de formação desse coach e validar junto às instituições

Amanda Gomes da Silva Freitas, do RH da Cooper Card, acrescenta que “é importante solicitar o histórico de formação desse coach e validar junto às instituições e profissionais de outras empresas”.

Ela entende que o coaching pode ser um grande aliado para os Recursos Humanos, principalmente na tratativa com a liderança, desenvolvimento de pessoas, compreensão de motivadores e definição de propósitos para atuação.

“Quando o RH passa a ter essas informações pode atuar de forma mais diretiva com seus colaboradores, potencializando suas skills e direcionando o mesmo para se desenvolver na organização”, comenta.

Por meio do coaching o colaborador consegue deixar seu desenvolvimento profissional mais palpável

Amanda vai além : “Por meio do coaching o colaborador consegue deixar seu desenvolvimento profissional mais palpável, ou seja, sai do campo das ideias e passa para o campo das ações. Ele auxilia na definição de objetivos a curto, médio e longo prazos”.

Sirley e Amanda concordam que o crescimento profissional está de mãos dadas com o crescimento pessoal. Assim, o coaching pode auxiliar na percepção de planos e projetos, pessoais e profissionais.

“Hoje o coaching é uma metodologia que acompanha o indivíduo por todas as suas possibilidades de atuação e convivência, o auxiliando na organização de ações e na busca por um desempenho cada vez mais eficaz”, finaliza Amanda. 

Saiba mais sobre Sueli, Sirley e Amanda

Sueli Andrade é formada em Psicologia pela Uningá e tem pós-graduação pela Cidade Verde. Atua em clinica e na área organizacional e faz avaliação psicológica para empresas.

Sirley Venâncio é formada em Tecnologia da Informação, com MBA em Gestão de Pessoas. Atuou na gestão estratégica da Gestão de Pessoas e na liderança de equipes de RH, DP e Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)

Amanda Gomes da Silva Freitas, graduada em psicologia pela Universidade Estadual de Maringá, Pós graduada em Gestão de Pessoas com ênfase em Liderança Organizacional pela Unifamma e Pós-graduada em Coaching com Ênfase em Mentoring para Gestão de Pessoas pela Unicesumar.

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