Diário Oficial
Diário Oficial do Município de Maringá, Paraná do dia 15 de Dezembro de 2023
Luta por poder
A Constituição de 1988, por um lobby institucional nunca antes visto na história desse país, concedeu ao Ministério Público uma fatia de poder que nenhum outro ente possui.
Hoje, o MP é mais forte que o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Os abusos da Lava Jato (a despeito de todos os seus acertos) são prova disso.
Tentativas de limitar esse poder do MP estão pululando. O STF tem sido rigoroso com o parquet e o Legislativo, agressivo. E os procuradores e promotores sabem bem disso.
Portfolio pelo WhatsApp
Essa luta de poder ainda está começando, mas avançará. E as limitações ao poder ilimitado, atualmente, do MP vão avançar muito mais rápido.
A homologação da delação premiada do tenente coronal Mauro Cid, no âmbito do inquérito das milícias digitais é mais um calo no sapato do MP.
Porque a delação foi oferecida pela polícia (o delegado do caso), e não pelo representante do Ministério Público.
O Procurador Geral da República, Augusto Aras, já arrepiou as penas do pescoço para a homologação sentenciada pelo ministro Alexandre de Moraes, o relator presidente do inquérito (sim, inquérito tem presidente, normalmente o delegado).
Isso porque o MP entende que, por ser ele quem deve oferecer denúncia – e portanto, utilizar provas colhidas em delação – é ele quem deve propor o benefício ao indiciado (durante o inquérito o acusado não é réu, ainda).
O assunto já passou pelo STF duas vezes: na delação de Palocci e na de Sérgio Cabral. E o STF, que não faz coisa julgada contra si (ou seja, pode rever suas próprias decisões sem que isso fira o instituto da coisa julgada), se manifestou de forma contraditória nas duas oportunidades. Na primeira, afastando a necessidade de concordância do MP e, na segunda, reconhecendo sua necessidade, mas excepcionando-a no caso em concreto.
O MP luta, com isso, para manter suas prerrogativas. Mas, essa é uma luta inglória. Porque irá perder no final.
Não porque esteja errado. Isso é algo que, inclusive, deveria ser melhor dialogado com a sociedade. Mas porque o MP está muito forte. E, nessa briga de poder, ninguém quer um ente mais forte do que aquele ao qual pertence. Ninguém, no caso, é quem manda, obviamente. Porque o cidadão eleitor e financiador com seus impostos dessa festa toda, não faz sequer ideia do que se trata.
Assine o Portfolio por apenas R$19/mês
Marcas
AGRO
Razena usa embalagens tão especiais quanto os cafés que produz
A família cultiva 100 hectares de várias espécies de café no cerrado mineiro, mas só 1%, do Catuaí 144 amarelo é embalado com a marca Razena.
Mais notícias
Diário Oficial
Diário Oficial do Município de Maringá, Paraná do dia 15 de Dezembro de 2023
Comprar ou alugar
Ponta Grossa
Conheça cinco startups de Ponta Grossa que estão fazendo sucesso
Varejo
Luiz Marinho em busca do tempo perdido
Portaria que restringe funcionamento do comércio aos domingos e feriados só atende ao interesse dos sindicatos
MILTON RAVAGNANI
Ulisses pode ter antecipado uma movimentação politica que só deveria acontecer no ano que vem.
Queda de árvores
Quedas de árvores têm muitos motivos. O desleixo administrativo, o maior deles
Com a chegada de uma primavera quente, os temporais têm sido mais constantes e a ameaça cotidiana da queda de árvores apavora o cidadão
Eleições
Hossokawa tem uma leitura muito lúcida sobre as eleições do ano que vem
Pepista dá detalhes dos bastidores que poucos comentam, mas ainda há mais ingredientes nessa sopa
Saneamento
Projetos
Na ausência do Estado, quem pode se organiza
Projetos financiados pela iniciativa privada suprem interesses corporativos que o Estado se exime de resolver
Dupla nacionalidade
Congresso altera regra de perda de nacionalidade para quem pedia cidadania estrangeira