Milton Ravagnani

Colunista

Milton Roberto da Silva Sá Ravagnani é jornalista , advogado, autor de livros sobre Direito e Filosofia e membro da Academia de Letras de Maringá,

Eleições

Hossokawa tem uma leitura muito lúcida sobre as eleições do ano que vem

POR Milton Ravagnani EM 16 DE outubro DE 2023

Muito lúcida a entrevista de Mário Hossokawa a Marcelo Bulgarelli e Walter Téle Menechino neste Portifólio. Com a experiência de quem atravessou quatro décadas na cúpula do poder local, Hossokawa fala aquilo que sabemos nos bastidores, mas ninguém se atreve a comentar de público.

Temos uma leitura muito próxima sobre os movimentos das próximas eleições. Sobre as candidaturas, de fato os nomes que devem aparecer nas urnas não são muito diferentes do que ele citou.

Mas, há algumas observações que me permito compartilhar com o leitor. Primeiro, a condição de Homero Marchese. Se ele não conseguir legenda para disputar a prefeitura (condição com a qual realmente não compartilho, porque o que não faltam são partidos interessados em participar da disputa), deve ser muito ativo apoiando um ou outro lado. Não se pode olvidar que os conservadores têm um pé bem forte em Maringá e buscam um nome como o de Homero para chamar de seu.

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Depois, a ideia de que Flávio Mantovani não tem grupo é meio incerta. Flávio nunca disputou uma eleição majoritária e vem dos grupos fragmentados da sociedade. E tem votos tanto da esquerda, quanto da direita. Se tiver o apoio de algum grupo, pode sim ser a surpresa da festa.

Wilson Quinteiro não está alheio ao processo. Irá participar dessa eleição, seja como candidato, seja coordenando alguma candidatura. E seu nome ainda é lembrado por uma fatia interessante do eleitorado.

O grupo articulado por Mario Verri, Humberto Henrique, Ana Lúcia Rodrigues e Evandro Oliveira tanto pode bancar um nome próprio no primeiro turno, como arrematar uma vice forte em uma chapa matadora.

Rogério Do Carmo será figura ativa nessa eleição. E levará consigo uma fatia importane do eleitorado. Sendo candidato ou alinhando-se a alguma chapa.

Isso tudo desenhado, mostra uma fragmentação considerável do eleitorado para o próximo pleito. E, diferentemente do que ocorreu nas eleições passadas, não haverá disputa polarizada. Num cenário assim, Silvio Barros não está assegurado sequer como candidato.

Será uma eleição de fatias. Quem souber somar suas fatias pode ficar com o bolo todo.

P.S.: a entrevista está muito boa. Só faltou perguntar sobre a possibilidade de um acordo do município com a Sanepar.

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