AGRO
Razena usa embalagens tão especiais quanto os cafés que produz
A família cultiva 100 hectares de várias espécies de café no cerrado mineiro, mas só 1%, do Catuaí 144 amarelo é embalado com a marca Razena.
LEI DE ZONEAMENTO
Começaram nesta segunda-feira as Assembleias de Planejamento e Gestão Territoriais (AGPTs) para discutir a criação de eixos de comércio e serviços (ECS-E) em seis vias da cidade. A Rua Darcy Vargas, na Zona 4, já teve dois pareceres contrários. Moradores também não concordam com a mudança.
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá (Ipplam) e o Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial (CMPGT) entenderam que a rua tem menos de 200 metros de distância de outra rua já comercial, contrariando assim a Lei Complementar 888/2011.
Segundo os pareceres, a Rua Darcy Vargas dista de 147,15 m a 173,75 metros da Rua Luiz Gama, que já possui uso de ECS-E. Pela lei, deve-se guardar distância mínima de 200 metros de outro eixo criado anteriormente.
Portfolio pelo WhatsApp
Como as análises são indicativas e não deliberativas, o futuro da Rua Darcy Vargas também passará pelas AGPTs. O projeto de lei prevendo o ECS-E partiu do vereador e presidente da Câmara, Mário Hossokawa. A associação de moradores da Zona 4, porém, acha estranho o assunto voltar à tona.
Em uma reunião no sábado (21/10), o presidente da associação do bairro, Martin Zavadinack Netto, entende que é uma tentativa de contrariar a lei de uso e ocupação do solo: “Vamos fazer manifestações públicas e levar o caso ao Ministério Público”.
A associação tem lutado contra a verticalização do bairro e a transformação de ruas residenciais em comerciais.
Com a criação do eixo de comércio e serviços, uma via originalmente planejada para ser residencial passa a contar com estabelecimentos comerciais e de serviços de pequeno porte, seguindo as normas do Plano Diretor Municipal.
As demais ruas estão com seus pareceres aprovados, mas algumas tiveram restrições. Somente um trecho da Rua Ponta Grossa, na Zona 8, por exemplo, pode se transformar em ECS-E.
“Ocorre que essa rua tem um trecho residencial e no outro já começa o Centro Cívico”, explica Guilherme Bordin, diretor de Planejamento e Gestão Territorial do Ipplam.
Sendo assim, os pareceres são favoráveis somente para o trecho situado entre as avenidas Gastão Vidigal e Londrina. O Projeto de Lei que transforma a Rua Ponta Grossa em ECS-E é de autoria do vereador Onivaldo Barris.
Também é do mesmo vereador a lei que muda o zoneamento da Rua Pioneiro Ovídio Biaggi (próximo ao Jardim São Clemente). Neste caso, parte de sua extensão já é um eixo comercial. Portanto, os pareceres foram favoráveis à regularização.
Um caso curioso é o da Rua Maria Napoleão dos Santos (Distrito de Iguatemi). Originalmente, o projeto de lei de autoria dos vereadores Onivaldo Barris e Mário Hossokawa, compreendia uma outra rua do distrito.
Porém, a interligação da Rua Sanhaço com a Rua 33.160, não atendia a Lei Municipal que fixa em 16 metros a largura mínima da via para criação de novo eixo de comércio e serviços.
Foi então recomendada a criação de um eixo de comércio e serviços de cerca de 580 metros na Rua Maria Napoleão dos Santos, “proposta que atenderia ao objetivo do projeto e às necessidades da população do bairro de maneira mais equânime”, diz o parecer do Ipplam.
A mudança na Rua Dr. José Haddad (bairro Jardim das Estações, perto do Parque do Japão) partiu de um projeto de lei do vereador Manoel Álvares Sobrinho. Não houve objeções.
Segundo a análise, “a alteração requerida permitirá a valorização imobiliária e a geração de empregabilidade e renda com a implantação de comércio de produtos e serviços”.
Outra rua que pode se transformar em ECS-E é a Jacob Porsak (próximo ao Vale Azul). O projeto de lei é do vereador Mário Verri, teve pareceres favoráveis, mas somente para o trecho já urbanizado.
Segundo a Lei Complementar 888/2011, em seu artigo 13º, os Eixos de Comércio e Serviços — ECS, foram criados com a finalidade de abrigar usos e ocupações diferenciados ou auxiliares aos estabelecidos para a zona a que pertencem.
O parágrafo 8º deste artigo estabelece que somente poderá ser criado novo eixo de comércio e serviços quando a via tem uma largura mínima de 20 metros, com uma pista de rolamento, no caso de rua.
Deve ainda ter largura mínima de 35 metros com duas pistas de rolamento, quando se tratar de avenida. Além disso, deve guardar distância mínima de 200 metros de outro eixo criado anteriormente. Também não pode ser uma via paisagística.
Eixo de Comércio e Serviços (ECS-E) compreende o comércio vicinal, as atividades de pequeno porte, disseminada no interior das zonas residenciais como mercearias, quitandas, padarias, farmácias, lojas de armarinhos, papelarias, lojas de revistas, casas lotéricas e depósitos de revenda de gás, bares, lanchonetes, entre outros.
Já os serviços vicinais, são também atividades de de pequeno porte, como sapatarias, alfaiatarias, barbearias, salões de beleza, chaveiros, oficinas de encanadores, eletricistas, pintores e marceneiros, manufaturas e artesanatos, clubes recreativos, estabelecimentos de culto, de ensino, creches e ainda atividades profissionais não incômodas, nocivas ou perigosas.
Os encontros ocorrem nesta semana (dias 23, 24, 25) e na próxima segunda-feira (30), sempre as 19 horas em escolas municipais da cidade. As inscrições serão feitas nos locais, antes do início das audiências.
Programação das audiências públicas:
Segunda-feira, 23, às 19h
AGPT1 Rua Darcy Vargas
Local: Escola Municipal Odete Ribaroli Gomes de Castro (Rua Saint Hilaire, 1080 – Zona 5)
Terça-feira, 24, às 19h
APGT4 Rua Dr. José Haddad
Local: Escola Municipal Oscar Pereira dos Santos (Rua Petúnia, 239 – Jardim Industrial)
Quarta-feira, 25, às 19h
APGT5 Rua Ponta Grossa, Rua Jacob Porsak e Rua Pioneiro Ovídio Biaggi
Local: Escola Municipal Pioneiro Manuel Dias da Silva (Rua Pion. Sebastião Alves Ramos, 116 – Jardim Paraíso)
Segunda-feira, 30, às 19h
APGT4 Distrito de Iguatemi – Rua Maria Napoleão dos Santos
Local: Escola Municipal Paulo Freire (Rua Amélio Barbosa, 1334)
Leia também: Projeto sobre eleição nas escolas gera polêmica nos bastidores, mas é aprovado sem discussão pública
Assine o Portfolio por apenas R$19/mês
Marcas
AGRO
Razena usa embalagens tão especiais quanto os cafés que produz
A família cultiva 100 hectares de várias espécies de café no cerrado mineiro, mas só 1%, do Catuaí 144 amarelo é embalado com a marca Razena.
Mais notícias
INOVAÇÃO
Maringá tem três Projetos Inovadores reconhecidos pela Rede Cidade Inteligente
Dos dez Projetos Inovadores reconhecidos pela organização do 9º Congresso Paranaense de Cidades Digitais Inteligentes, três são de Maringá.
CÂMARA
Revisão do Plano Diretor corre risco de só ser concluído em 2024
A revisão do Plano Diretor de Maringá já deveria ter sido feita em 2016, O projeto de lei é complexo, repleto de detalhes e soma 188 páginas.
CÂMARA
Uso de carro alugado para serviços de táxi é vetado
A Câmara de Maringá aprovou, mas o prefeito vetou projeto de lei que autorizava uso de carro alugado para serviços de táxi.
LAVA JATO
Correição na 13ª Vara Federal aponta “gestão caótica” de Sérgio Moro
Relatório parcial da correição extraordinária na gestão de Sérgio Moro aponta que não há inventário sobre todos os bens apreendidos.
ZONEAMENTO
Área de preservação em fundos de vale diminui e edificações serão regularizadas
Área de preservação permanente em fundos de vale em Maringá é reduzida de 60 metros para 30 metros e proprietários de lotes comemoram.
CÂMARA
Vereador Maninho pede revogação de lei que ele mesmo propôs há três meses
Em regime de urgência, o vereador Maninho (PDT) propôs a concessão e a revogação do título de utilidade pública a Maranatha.
AMBIENTE
Comissão de Impactos Urbanísticos e Vizinhança tem nova composição
Em Maringá, relatórios e estudos de impacto de vizinhança são obrigatórios para empreendimentos com mais de 5 mil m².
SARANDI
Sem reajuste na tabela, Maternidade do Metropolitano não vai atender SUS
Tabela SUS está sem reajuste desde 2012. Hospital Metrropolitando de Sarandi faz 90 partos por mês e está tentando negociar com a Sesa
SAÚDE
Câmara de Maringá aprova concessão do Hospital da Criança, com emendas
Concessão do Hospital da Criança só será para entidade filantrópica e, no mínimo, 60% dos atendimentos deverão ser via SUS.